A IGREJA NUM MUNDO EM MUDANÇA
Pe. Joel Portella Amado, Rio de Janeiro.
“Muitas
vezes e de diversos modos”, já se falou a respeito do atual contexto que a
Igreja vem enfrentando nas últimas décadas [1]. Este Congresso inicia seu conjunto de
conferências voltando a este tema, no desejo de compreendê-lo em articulação
com a animação bíblica da vida e da pastoral. Mesmo, portanto, já tendo
sido abordado anteriormente, convém retornar, mais uma vez, à compreensão do
atual momento eclesial.
Isto
acontece porque falar sobre algo não implica necessariamente encontrar a
solução dos problemas. Palestras, congressos, simpósios e todas as demais
formas de estudo ajudam a compreender o fenômeno e com ele interagir. Diante de
fenômenos complexos, convém o retorno a seu estudo inúmeras vezes, de modo que
a compreensão se vá alargando, com o ingresso de novos elementos, como é o
caso, neste Congresso, da animação bíblica. A solução, entretanto, se encontra
lá fora, no dia-a-dia, onde a ação evangelizadora efetivamente acontece.
1. Observações preliminares
Convém
iniciar com duas observações por meio das quais se contextualiza o que está
acontecendo. A primeira constatação nos leva a ultrapassar os limites da
Igreja. O fenômeno que estamos experimentando não é específico da Igreja
Católica. No âmbito religioso, ele atinge também as Igrejas da Reforma,
notadamente as históricas, chegando até às demais religiões. Trata-se,
portanto, de um fenômeno de amplo alcance. A diferença está no modo como ele
atinge cada uma destas religiões e o modo como elas reagem.
A segunda
observação alarga ainda mais o fenômeno, pois chama nossa atenção para o fato
de que não se trata de algo específico desta ou daquela região do planeta. A
realidade sobre a qual estamos falando diz respeito ao mundo todo, ainda que
sob diversos graus de afetação. É por isso que um dos termos mais usados para
descrevê-lo é exatamente globalização. O Documento de Aparecida, nos
números 37-44, trata da globalização mostrando que, além de ser uma realidade
geográfica, no sentido de que atinge praticamente todos os povos, é também
existencial, pois abrange as diversas instâncias da vida de pessoas e povos.
2. Do que estamos falando
Além do
termo globalização, outras expressões têm sido utilizadas para
manifestar o que está acontecendo com o mundo em nosso tempo. A expressão mais
conhecida é pós-modernidade. A ela se somam outras (hipermodernidade,
modernidade em crise, modernidade tardia etc..). O nome não importa tanto.
Interessa mais compreender os mecanismos que estão atuando no atual momento e
perceber o porquê da urgência que recai sobre a animação bíblica.
Para
descrever esta realidade, gosto de utilizar um pequeno trecho das Diretrizes
anteriores (2008-2010). Refiro-me ao final do nº 13, onde, através de um jogo
de palavras, se descrevia, a meu ver com bastante clareza, o que está
acontecendo em nossos dias. O texto afirma que, mais do que uma época de
mudanças nossos dias experimentam uma verdadeira mudança de época.
São situações que, embora parecidas, distinguem-se no nível de afetação e nas
conseqüências que geram. Em comum, as duas têm a realidade das transformações
num nível bastante elevado. Diferem, entretanto, no grau em que estas
transformações atingem a vida de pessoas e povos. As épocas de mudança têm
efeitos menos abrangentes que as mudanças de época. As épocas de mudança
colocam diante de nós um conjunto de fatos novos, com os quais vamos interagir
baseados em critérios solidamente estabelecidos. Nas épocas de mudança venha o
que vier, estaremos preparados, pois sabemos o que somos, o que temos, no que
cremos e com o que sonhamos.
As mudanças
de época ultrapassam os limites dos fatos novos e chegam até os critérios,
fazendo com que não exista tanta clareza do que sejamos, tenhamos, creiamos ou
sonhemos. As épocas de mudança atingem o ver a realidade. As mudanças de
época atingem o julgar [2].
Quando apenas o ver é atingido, mais facilmente se chega ao agir. Quando,
porém, o julgar é afetado mais difícil se torna discernir a ação. É porque
estamos numa mudança de época que, em diversas instâncias da vida, inclusive na
ação evangelizadora, nos sentimos como que apalpando a realidade para chegar a
soluções. Estamos, na verdade, tentando. Todos tentam. Cada um tenta a seu
jeito. Em geral, as soluções possuem um caráter mais imediato e, às vezes, de
curta duração. Crescem as tentativas individuais e a valorização do que é
próprio de cada um, até mesmo com o prejuízo da pastoral de conjunto. Isso
acontece porque as mudanças de época nos jogam para fora do navio,
colocando-nos em meio a um mar agitado. Nesta hora, cada um busca a sua tábua
de salvação e ... salve-se quem puder.
3. A atual mudança de época
O caráter
desconcertante da atual mudança de época decorre da radicalidade com que os
critérios se transformaram e estão se transformando. Uma destas transformações
consiste na passagem do que podemos chamar de perene ou eterno
para o momentâneo ou passageiro. As diversas situações que
vivemos tendem a não serem mais vistas como duradouras, eternas. Ao contrário,
como bem conhecemos da poesia, elas são “eternas enquanto duram” [3]. Também aqui, neste
aspecto, os exemplos são muitos. O mais conhecido é o do matrimônio.
Caracterizado pela condição de perenidade, ou seja, por perdurar até que a
morte ocasione a separação, o matrimônio se depara hoje com a característica de
nem mesmo existir. Basta recordar o fenômeno de casais que, permanecendo, cada
um em sua casa, encontram-se esporadicamente para o que melhor lhes convier. No
campo das religiões, as conhecidas pesquisas ligadas ao censo anterior e
realizadas no período próximo ao ano 2000, revelaram altos graus de mobilidade
religiosa. As pessoas mudam de religião com facilidade maior que em outros
tempos. Poderíamos permanecer aqui com vários exemplos. Estes, todavia, são
suficientes para evocar uma realidade que conhecemos bem.
São,
portanto, transformações em 180º. Períodos históricos anteriores se
caracterizaram, dito a grosso modo, pelo predomínio do grupal sobre o
individual, do institucional e do tradicional sobre as escolhas pessoais, do
unificado sobre o diversificado. Nossos dias trouxeram para centro da cena, o
individual e o plural, com a possibilidade de inúmeras escolhas, sem
necessariamente estarem vinculadas a uma ou outra instituição, sem seguir esta
o aquela tradição. Estamos vivendo um tempo de forte individualização da vida e
consequentemente das crenças. Existem tantas possibilidades de ser, de existir,
que cada indivíduo é chamado a fazer suas escolhas e a compor seu quadro de
existência, sem o forte compromisso, próprio de outras épocas, de seguir a
mesma tendência de seus antepassados, sem aderir às tradições e instituições
transmissoras e garantidoras deste passado.
Nosso idioma
permite compreender este fato com alguma facilidade, de modo especial quando,
repletos de alegria, fazemos uso de algum serviço de atendimento por telefone e
ouvimos, do outro lado da linha, algo do tipo “vou estar indo fazer o
registro de sua reclamação; o senhor pode estar anotando o protocolo de
sua reclamação?” Expressões do tipo “vou estar indo” ou “pode estar anotando”,
além de ferirem ouvidos em termos de idioma pátrio, demonstram exatamente o que
significa esta mentalidade do estar agora, sem se preocupar com que foi antes
e, mais ainda, com o que será amanhã [4].
Este momento
de passagem não implica exclusão do extremo oposto, mas inversão de
prioridades ou primazia nos critérios. Perenidade, unidade, institucionalidade
são condições humanas do existir e por isso sempre estarão presentes. A
diferença é que não estão presentes nos primeiros lugares da lista. Valem como
certos parentes que sabemos existirem, mas só os encontramos em casamentos ou
funerais. Ninguém vai atrás deles. Eles é que aparecem em determinados
contextos.
4. O que fazer com esta mudança de época?
Várias são
as atitudes diante de uma mudança de época. A primeira e mais comum é a que se
agarra ao passado, confundindo, no caso da Fé, o que, de fato, é um dado de Fé
com aquilo que é marca cultural e histórica. Em geral, são chamados de
fundamentalistas [5].
O outro extremo, sem um nome específico que o identifique, se caracteriza pela
ruptura, em alguns casos praticamente total, entre os dados centrais da Fé e as
marcas histórico-culturais. Enquanto os primeiros, isto é, os fundamentalistas,
não permitem que se faça a passagem para o novo momento histórico, os outros
fazem uma passagem tão extrema que acabam por perder até mesmo a identidade.
Isto
acontece porque as mudanças de época, exatamente por tocarem nos alicerces,
atingem muito diretamente as identidades. O que é, em nossos dias, ser cristão,
ser político, ser marido ou esposa, educador, pai ou mãe, ministro religioso e
assim por diante? Cada um tem seu jeito de vivenciar estas situações
exemplificadas. E não se trata de uma decorrência da diversidade própria do ser
humano. As pessoas são diferentes, mas sua diversidade, nos períodos de
consolidação, tendem a acontecer num determinado espaço razoavelmente
circunscrito. Nas mudanças de época, a variação nos jeitos de ser é quase
infinita.
É bem
provável que fique a impressão de que as mudanças de época são de todo
negativas. Se, por um lado, não podemos negar o caráter desconcertante destes
períodos, pois eles nos tiram o chão da existência, por outro, as mudanças de
época são momentos muito propícios para o crescimento pessoal e comunitário.
Isto acontece porque, ao retirar o chão das garantias histórico-culturais, as
mudanças de época nos empurram para aquilo que é essencial em nossas vidas.
Pedem uma revisão em nossa identidade. O que é ser um bom profissional, amigo,
cônjuge, ministro religioso e, no nível mais profundo, uma pessoa de fé?
Para
responder, sabemos que é necessário distinguir duas realidades que, na prática,
acontecem integradas. De um lado, temos a Fé. De outro, temos as concretizações
histórico-culturais desta mesma Fé. Uma coisa é crer em Jesus Cristo, morto e
ressuscitado para a nossa salvação; outra, vivenciar esta Fé em, por exemplo,
procissões, assembléias ou tardes de louvor. Estes três exemplos, que podem nem
ser os melhores, são concretizações históricas de algo que está além do momento
histórico em que vivemos, ou seja, nossa adesão viva e integral a Jesus Cristo
e nosso compromisso com o Reino de Deus.
Sabemos que,
na prática, a Fé e suas concretizações históricas e culturais caminham juntas.
A Fé só é acolhida, vivenciada e transmitida a partir das culturas. Toda
vivência da Fé obedece sempre a parâmetros culturais. Nos períodos de
consolidação, Fé e cultura(s) tendem a se aproximar bastante, a ponto de,
muitas vezes se correr o risco de se considerar como dado de Fé algo que é
cultural. As mudanças de época trazem, como uma de suas conseqüências, a separação
entre o que é dado da Fé e as marcas da(s) cultura(s). No caso da atual mudança
de época, deparamo-nos com categorias que sempre estiveram presentes na
existência de nossos antepassados e mesmo na nossa existência. A diferença
consiste no fato de que eram vistas não como o padrão a ser seguido, mas como
exceções. Ao contrário, em nossos dias, deparamo-nos com todo o peso da
provisoriedade, do momentâneo, da diversidade. Por certo, todas as
características da atual mudança de época nunca desapareceram do cenário da
vida. Elas são realidades humanas que estavam deixadas de lado, na periferia de
uma mentalidade que valorizava mais o eterno, o imutável, o essencial. Agora,
características opostas foram trazidas para os primeiros lugares na lista de
importâncias. Esta nova centralidade é tão importante e aguda que, mesmo sem
sentir ou concordar, acabamos sendo levados por ela. O mundo de nossos dias,
pelo menos em sua parte ocidental, está marcado por forte mobilidade não apenas
física, mas, como lembrado antes, existencial.
Esta
transformação, ao trazer para o centro da vida humana aspectos que estavam, por
séculos, na periferia das compreensões, faz emergir uma questão bastante séria:
a questão pela possibilidade de se viver o cristianismo num contexto como este.
É possível viver a fé num contexto de mobilidade, de transitoriedade?Daí a
pergunta: pode-se viver a experiência cristã em termos de mobilidade?
Formulando de outro modo: que vínculos existe entre a experiência bíblica de
Deus e a mobilidade, a provisoriedade, a transitoriedade e todas as demais
características deste tempo atual?
Quando
colocada deste modo, a pergunta pela possibilidade da experiência cristã em
contexto de mobilidade pede de nós a mesma atitude daquele “pai de família que
tira de seu tesouro coisas novas e velhas” (cf. Mt 13,52). As mudanças de época
fazem com que tiremos de nosso tesouro coisas novas que, na verdade, são
velhas, ou, então, coisas velhas que, diante de novos contextos, tornam-se
novas. A mobilidade é uma delas. O problema é que não estamos acostumados a
lidar com ela.
5. O cristianismo é também mobilidade
Quando nos
voltamos, de modo orante, para a Escritura Sagrada, encontramos um fio condutor
de mobilidade. A experiência bíblica veterotestamentária emerge do êxodo, saída
de um lugar de escravidão para ingresso na terra prometida, antecedido por um
período longo de peregrinação deserto adentro. Qual é a primeira ordem divina
transmitida a Abrão? “Sai da tua terra e caminha, peregrina até
onde eu te mostrarei!”
Se pularmos
para o Novo Testamento, deparamo-nos com o Filho do Homem não tendo onde
reclinar a cabeça (Mt 8,20), andando de cidade em cidade (Lc 4,43) enviando os
discípulos na mesma situação, sem muitos apoios ou condições de estagnação (Lc
10,4). Descobrimos Jesus de Nazaré quebrando os paradigmas exatamente de uma
mentalidade que, por ser excessivamente estática, tornava-se incapaz de acolher
o Messias que estava por vir, que já passava entre eles, peregrinando
no meio de toda aquela gente, de modo especial entre os sofredores. Como
não pensar em textos como o do filho de Timeu, cego e estaticamente sentado à
margem da vida (Mc 10,46-52). Jesus, o Messias, está passando. O cego
grita. A mentalidade estática lhe diz “cala”. Jesus, porém, interrompe o
caminhar, acolhe o cego indigente e o põe a caminho. Jesus pára de caminhar
para por alguém no caminho do Reino. É também interessante observar os
milagres. Jesus, ao manifestar o Reino de Deus, através de prodígios, emite
dois tipos de palavras, ambos ligados à mobilidade: ou diz “Vai (tua fé
te salvou) ou convida: Vem (e segue-me). Nos dois casos, movimento.
Estes são
apenas exemplos. Se nos deixarem, ficaremos longo tempo a recordar textos
bíblicos e nossa lista aumentará em muito. Basta nos lembrarmos que “não temos
aqui cidade permanente, mas estamos à procura da que está por vir” (Hb 13,14).
Somos sempre a Igreja que, à semelhança das moças que aguardam seu senhor
voltar (Mt 25,1-13), a Ele diz incessantemente “Vem”. O fato é que
sempre encontraremos mobilidade na experiência bíblica de Deus.
6. Mobilidade, sim. Perda de identidade, não.
Por certo,
quando falamos em mobilidade, não estamos nos referindo ao que não se enraíza.
Em geral, costumamos deixar uma planta quieta, exatamente para que crie suas
raízes e se torne consequentemente firme. O paradoxo do Reino de Deus é que a
mobilidade, quando vivida no compromisso com este Reino, no
discipulado-missionário de Jesus Cristo, cria raízes, não aqui ou acolá, mas
exatamente onde o Reino acontece: cria raízes no interior de cada pessoa e no
conjunto de valores que compõem uma cultura. Despega-nos de tudo mais,
desinstala, para que, livres, caminhemos (cf. 1 Cr 9,24-27) rumo Àquele que,
embora de condição divina, não permaneceu estático, mas viveu de modo extremo a
mobilidade, que se esvaziou, fazendo-se um de nós, exceto no pecado (cf Fp
2,6-11). Ao amar os seus até o extremo (cf. Jo 13,1), abandonou as seguranças
da posição de Mestre (cf. Jo 13,4-15; Mc. 10,35-45), deixando-se crucificar por
amor de nós.
A mobilidade
pode ser desumanizante quando, no nível da geografia, pessoas e grupos são
obrigados a se deslocar de suas terras em busca de sobrevivência. A mobilidade
pode ainda ser desumanizante quando, em decorrência de fatores puramente
estéticos, leva pessoas a não se contentarem com o que são, mas ingressarem
numa desenfreada busca de aparência e contínua adaptação aos padrões do
momento. A mobilidade pode, em terceiro lugar, ser desumanizante quando retira
das pessoas as categorias de compromisso, de entrega de si, de adesão radical,
como acontece no exemplo mais conhecido, o dos matrimônios.
7. Por onde, então, deve passar a ação evangelizadora?
Esta é a
razão pela qual as atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora colocam,
entre as urgências, exatamente a animação bíblica da vida e da pastoral[6]. As mudanças de época são
sempre tempos propícios para se redescobrir que o contato pessoal e comunitário
com a Palavra de Deus é “lugar privilegiado de encontro com Jesus Cristo” (DGAE
45). Não se trata, insistem as Diretrizes, de uma espécie de modismo, atitude
momentânea, fruto exatamente deste período histórico, em que tudo é passageiro,
com posturas e opções que, logo em seguida, são descartadas. (Idem, 46). O
contato orante, pessoal e comunitário, com as Escrituras deve ser uma das
características deste tempo. Por meio deste contato, o discípulo-missionário de
hoje haverá de deixar a Palavra falar por si e, nela, encontrar o significado
autêntico de uma experiência salvífica que, na mobilidade e na transitoriedade
desta vida, é convite constante à perenidade do Reino de Deus.
[1]
AMADO, Joel Portella, Mas que loucura! O desafio de seguir Jesus Cristo no
século XXI, em: RUBIO, A. G . e AMADO, J. P. (Orgs.), Espiritualidade
Cristã em tempos de mudança. Contribuições teológico-pastorais, Petrópolis,
Vozes, 2010, p. 17-32; IDEM, Catequese
num mundo em transformação. Desafios do contexto sociocultural, religioso e
eclesial para a iniciação cristã, em: CNBB – Comissão Episcopal para a
Animação Bíblico-Catequética, Brasília, Edições CNBB, 2010, p. 45-56
[2]
No dizer da Exortação Apostólica Evangellii Nuntiandi, atingem os
“critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas
de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade (EN
19).
[3]
cf MORAES, V., Soneto de Fidelidade,
em: MORAES, V., Antologia Poética, Rio de Janeiro, Edições do Autor, 1960, p.
96.
[4]
Dizem até que um dos hinos do atual momento poderia ser: “nada do que foi será
do jeito que já foi um dia” (Lulu Santos).
[5]
Sobre o fundamentalismo, existem diversas obras publicas e mesmo artigos que
ajudarão a compreender o fenômeno. O termo é complexo. Aplicado inicialmente à
leitura bíblica, alargou-se para significar uma forma de compreensão da totalidade
da vida. Em termos bíblicos, a expressão remete a dois autores
norte-americanos: Amzi C. Dixon e Reuben A. Torrey. Seus textos foram
publicados no período entre 1909 e 1915. com tradução recente para o português:
Os Fundamentos: a famosa coletânea das verdades bíblicas fundamentais. São
Paulo, Hagnos, 2005. Também: DE BONI, L. A., Fundamentalismo, Porto
Alegre, Edipucrs, 1995. Nesta obra, o alarga-se o conceito de fundamentalismo
como concepção de vida.
[6] JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica Tertio
Millenio Adveniente, 40